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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

A morte prematura de mais uma estrela da música



Vozes de ouro, vidas perigosas e mortes prematuras: Billie Holiday, Janis Joplin e Amy Winehouse dão às boas-vindas a Whitney Houston no clube das estrelas da música que viveram intensamente, flertaram com o mundo das drogas e foram levadas ao inferno, sem importar quanto sucesso tiveram em suas carreiras.

Whitney Houston, que morreu aos 48 anos, viveu quatro anos a mais do que a fundadora desse clube, Billie Holiday, a voz do dor, que deu seu último suspiro em 17 de julho de anos de consumo de entorpecentes.

Como a maior parte das cantoras afro-americanas, Houston teve como modelo artístico Lady Day, como Billie era conhecida entre os fãs. Houston chegou a gravar uma versão de um dos maiores clássicos da diva do jazz, "God Bless the Child", e da mesma forma que sua inspiradora, não conseguiu evitar seus erros e mostrou sua degradação pessoal para o público.

Billie Holiday morreu sob prisão domiciliar, após ter passado vários meses detida por posse de heroína. Sua voz marcou um estilo no jazz, mas no final da carreira a cantora estava arruinada e nem sequer podia atuar nos clubes de Nova York.

A solidão e o desamor fizeram dos quartos dos hotéis cenários de trágicos desenlaces na história da música. Pouco mais de quarenta anos antes de Whitney Houston, Janis Joplin foi encontrada morta na suíte do hotel Landmark Motor, em Los Angeles.

A vida desenfreada da jovem estrela terminou em 4 de outubro de 1970 por causa de uma overdose de heroína, que matou o espírito rebelde de um dos ícones femininos mais poderosos do rock.

No seu caso, a ascensão e a queda ocorreram num ritmo vertiginoso. Janis, que publicou seu primeiro disco em 1967, morreu aos 27 anos, como ocorrera pouco tempo antes com Brian Jones e Jimi Hendrix. Mais tarde, outras estrelas entraram para o grupo dos que perderam a vida nessa mesma idade, como Jim Morrison e Kurt Cobain. E mais recentemente, a nova integrante dessa triste maldição: Amy Winehouse.

A cantora britânica também teve tudo, fama, reconhecimento e dinheiro. E uma incapacidade gritante para se livrar de sua dependência.

Nos últimos anos, Amy e Whitney submeteram seus fãs a uma tortura, com atuações patéticas, nas quais mal conseguiam ficar em pé. Uma intoxicação por álcool acabou com a vida de Amy em 23 de julho de 2011. Ela morreu em sua casa, em Londres.

A próxima na lista poderia ser Whitney Houston, mas seus admiradores sempre esperaram que ela conseguisse se recuperar e não cumprisse o triste desígnio das estrelas que se foram. Mas o destino mais uma vez se mostrou implacável. Carlos Gosch/Agência EFE

TEXTO: SITE DA JOVEM PAN AM

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