Levantamento realizado pela empresa Cisco aponta que, até 2016, o número de domicílios com TV no mundo deve chegar a 1,9 bilhão (dos quais, 1,3 bilhão com TV digital), enquanto o de usuários residenciais de Internet deve alcançar 2,3 bilhões. Com o crescimento da Internet, as mídias tradicionais – TV e rádio – buscam formas de adaptação para conquistar novos públicos e manter a audiência, além de se integrar com novas tecnologias.
Dessa forma, a transmissão de informação multimídia via streaming ganha força e importância no mercado, com o estabelecimento cada vez maior de empresas especializadas em integrar os espectadores à programação de rádio e TV, podendo ser acessada de qualquer lugar, a qualquer hora, bastando um dispositivo com conexão com a internet.
De acordo com Luis Ahumada, sócio-fundador da empresa chilena Mediastream, que tem ampla experiência em transmissão de eventos via internet, como o resgate dos 33 mineiros e a Copa América, o streaming possibilita que os meios de comunicação expandam sua mensagem. “O que hoje funciona é potencializar o conteúdo, integrando-o com serviços web, redes sociais e a participação dos usuários. E, obviamente, aproveitando os novos modelos de negócios”, observa.
Ahumada acredita que os usuários passam mais tempo utilizando a internet do que assistindo à TV e escutando rádio, e ressalta a importância do streaming neste cenário: “hoje, temos mais equipamentos conectados à Internet. Se um meio de comunicação quer chegar a esses usuários, precisa utilizar o streaming”.
Sobre o streaming, o fundador da Mediastream diz que, para marcas ou empresas, esta forma de transmissão amplifica o evento, chegando à audiência online que tem interesse de assistir, mas que por razões de locomoção não conseguiram estar presentes. “O streaming num evento já é uma necessidade. Inclusive, há eventos exclusivamente por streaming. No final das contas, se trata de convocar a gente, interagir e comunicar”, ressalta.
O profissional chama atenção, ainda, para a necessidade de adaptação dos veículos tradicionais às novas tecnologias: “os meios devem ser tão fortes na Internet como no seu modelo tradicional. Hoje, um meio não pode deixar de trabalhar seu futuro. A Internet é seu futuro”.
FONTE: ABERT