Uma informação importante para o rádio
brasileiro: em dezembro serão iniciados os primeiros testes para
verificar a viabilidade da migração das rádios AMs para o espectro FM.
Conforme noticiado anteriormente as emissoras AMs desejam operar nas
faixas compreendidas entre os canais 5 e 6 da televisão analógica,
resultando nas sintonias entre 70 MHz até 87.3 Mhz. Atualmente o
espectro FM é utilizado pelo rádio convencional em FM da faixa 87.5 FM
(87.5 e 87.9 são geralmente destinadas às rádios comunitárias em alguns
centros) até 107.9 FM. Os testes serão feitos inicialmente em São Paulo,
pólo que demanda uma maior necessidade na migração.
Segundo Rodrigo Neves, presidente da
AESP (Associação das Emissoras de Rádio e Televisão do Estado de São
Paulo), a entidade já realizou estudos que auxiliaram no entendimento do
Ministério das Comunicações em relação à necessidade de agilidade nos
testes para a migração das rádios AMs para a banda FM. Segundo Neves o
estudo aponta que não há a necessidade do rádio AM esperar o chamado
“apagão analógico” da TV (quando as emissoras de televisão deixarão de
operar de forma analógica, transmitindo apenas em modo digital), já que
frequências do canal 6 já estão disponíveis em São Paulo.
Neves informou em entrevista à rádio
Jovem Pan AM 620 de São Paulo que serão feitos testes de transmissão a
partir da Avenida Paulista, utilizando a frequência de 77.1 FM e medir
alcance, alterando trabalhos com áudio e também mudo, determinando o
comportamento da cobertura na capital paulista. Com base nisso poderá
ser realizada a realocação de cada rádio AM conforme sua classe e porte
(que determina o alcance da estação). Rodrigo também informou que os
canais 5 e 6 comportam 140 canais em FM, sendo que o número da estações
pode variar conforme a localidade e a distribuição das emissoras. Neves
explica que a transmissão apenas de áudio (caso das rádios) ocupa menos
espaço no espectro FM do que uma transmissão de TV (áudio e imagem).
Em São Paulo há disponibilidade do canal
6 e em Campinas do 5. Os estados que possuem grandes ocupações nesses
canais por TVs analógicas são São Paulo, Santa Catarina e Pernambuco,
sendo considerados os mais difíceis para a realização dessa migração do
áudio AM para FM. Rodrigo Neves afirma que resolvida a questão em São
Paulo, o resto do país será um passo mais fácil de ser resolvido devido o
menor ocupação nos canais de televisão analógica.
Recepção nos rádios atuais
Neves afirma que já existem seis modelos
de rádios receptores em comercialização no Brasil que possuem
frequência estendido. Porém será necessário um incentivo por parte dos
fabricantes e do Governo para que esse número aumente para o consumidor.
O presidente da AESP considera que o período para que a audiência se acostume com a faixa entendida será de cerca de 10 anos. Rodrigo Neves aposta que a industria brasileira tem capacidade de suprir a demanda de produção de rádios com captação de faixas estendidas de forma rápida, desde que o meio Rádio ofereça conteúdo nesses canais. Nesse caso uma AM como a Jovem Pan AM manteria a transmissão na sua faixa original em AM enquanto repete seu áudio numa nova faixa em FM, conforme exemplificado por Neves durante entrevista à rádio paulista.
O presidente da AESP considera que o período para que a audiência se acostume com a faixa entendida será de cerca de 10 anos. Rodrigo Neves aposta que a industria brasileira tem capacidade de suprir a demanda de produção de rádios com captação de faixas estendidas de forma rápida, desde que o meio Rádio ofereça conteúdo nesses canais. Nesse caso uma AM como a Jovem Pan AM manteria a transmissão na sua faixa original em AM enquanto repete seu áudio numa nova faixa em FM, conforme exemplificado por Neves durante entrevista à rádio paulista.
Os testes serão iniciados em dezembro e
serão amplamente divulgados pela AESP. É possível que nessa primeira
etapa seja feito um rodízio entre as emissoras AMs de São Paulo para que
todas sejam contempladas nesses testes, determinando o comportamento
dessas novas transmissões.
Necessidade maior de migração em São Paulo
São Paulo é atualmente o mercado que
abriga o maior número de rádios em AM, seja na questão de ocupação da
faixa como também a presença de estações competitivas nesse meio. A
maior necessidade de migração em território paulista se deve a
complexidade que foi imposta à transmissão e captação de estações em AM.
O grande número de interferências existentes em São Paulo originada por
inúmeros serviços presentes na cidade atrapalham a captação das
emissoras em AM, especialmente em áreas de maior densidade demográfica.
Em alguns pontos centrais de São Paulo a sintonia de uma estação em AM é
uma tarefa complicada, diferente de áreas periferias e municípios
menores.
Fonte: Sulrádio
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