As emissoras de rádios, principalmente as do interior de São Paulo, têm
sofrido nas mãos da operadora de telefonia que atende o estado de São
Paulo. O motivo é a falta de profissionais capacitados das
concessionárias para prestar um serviço às equipes esportivas, que
muitas vezes viajam quilômetros de uma cidade na outra e não conseguem
transmitir os jogos do Campeonato Paulista de Futebol.
No dia 8 de fevereiro, a Rádio Cultura AM 790 de Araraquara viajou a
Santo André para a transmissão da vitória da Ferroviária, por 5 a 1,
diante da equipe da casa, porém não conseguiu entrar no ar. “Foi um dia
histórico para Ferroviária, uma vitória de goleada e não conseguimos
falar nada pelo rádio para milhares de torcedores que ficaram em
Araraquara na espera da transmissão do jogo”, disse José Roberto
Fernandes, diretor de esportes da emissora.
De acordo com o profissional da rádio, a Vivo/Telefônica simplesmente
não completou o circuito que havia sido solicitado com uma semana de
antecedência, atendendo as exigências feitas pela prestadora de
serviços. “Chegamos ao estádio "Bruno José Daniel" por volta das 14
horas (o jogo seria às 16 horas). Havia etiquetas de identificação, mas
não falamos. Foram horas de tentativas frustradas, tanto lá no estádio,
como na nossa retaguarda técnica em Araraquara. Quando faltavam 25
minutos para acabar o jogo, apareceu um funcionário da Vivo, de nome
Marco, que falou em várias ocasiões, via celular com algumas pessoas,
mas não conseguiu localizar alguém que pudesse resolver o problema.
Desculpou-se e foi embora. Enfim, o jogo acabou, a Ferroviária venceu e
não transmitimos nada” acrescentou.
No dia 18 de Fevereiro, última terça-feira, foi a vez das Rádios Onda
Livre AM 910 e Educadora AM 1060, ambas de Piracicaba, terem problemas
na transmissão. As duas rádios não conseguiram transmitir parte do jogo
pelo fato da operadora não conseguir detectar o problema na linha de
transmissão de Mogi Mirim a Piracicaba. “A Vivo/Telefônica cobra um
absurdo pelo serviço, mas deixa a desejar no atendimento, o pior é que
não tem outra opção, não tem concorrência”, desabafou o repórter da
Rádio Onda Livre, Nando Lopes.
Com informações do Futebol Interior