O que eu uso harmonicamente e melodicamente é consequência da mensagem que eu quero passar", explica Kell om versos como "Delicioso gosto e o bom gosto das nuvens / Serem feitas de algodão", ela coleciona bons números: O clipe tem mais de 70 milhões de visualizações no YouTube Nas rádios, chegou ao 1º lugar em SP, 2º no Rio e no top 40 em todo o Brasil, segundo a Crownley, empresa de monitoramento Ela diz ter "sacado a dimensão" do sucesso quando ouviu pela primeira vez no rádio, quando estava no carro. "Aí foi surreal.
Que artista não quer ser um artista que toca no rádio? Me marcou muito a intenção deste momento", lembra. Mas será que ela vê semelhanças entre "Era uma vez" e "Trem Bala", de Ana Vilela? "Ana é minha amiga, sou até suspeita para falar. O que as duas músicas têm de semelhante é a sacada de dizer coisas simples. Tem uma positividade da mensagem, a leveza da letra", compara.
Depois apresentei a música para o Rick e a gente criou em cima da essência dela". O Rick que ela fala é Rick Bonadio, produtor que já foi do rock (Mamonas Assassinas, Charlie Brown Jr.) ao pop (Rouge, Dogão).
Passado gospel
Kell diz que sempre foi "cercada de muita música boa". "Minha mãe é cantora, meus pais são missionários. Então, a música gospel sempre foi muito presente na minha vida", recorda.
Aos 12 anos, ganhou um disco de Elis Regina, "Falso Brilhante". "Abriu meu apetite musical". A partir daí, passou a cantar em corais de igreja.
Tão ligada à igreja, é possível dizer que as músicas sempre terão mensagens positivas, sem chance de algo mais atrevido, ou até com palavrões?
"Eu aprendi um cristianismo de um novo testamento que fala muito mais sobre o amor e aceitação do próximo e como fazer o bem às pessoas", responde Kell.
"Então, eu não fico presa dentro de dogmas. Eu tenho responsabilidade com o que eu falo. A educação cristã me ensinou, meus pais me ensinaram que eu tenho responsabilidade com o que sai da minha boca".