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terça-feira, 12 de junho de 2012

O japonês do rádio e do coração


Foto: Arquivo pessoal


Por Pamela Cadamuro

Alvinho (como era chamado por todos) sabia, desde pequeno, o caminho que queria trilhar

Um dos mandamentos principais do jornalismo é a imparcialidade de ouvir os dois lados, sem tomar partido de nenhum. Porém, quando a lembrança remete a Álvaro Taniguti, o sentimento de saudade é unânime.

Sempre lembrado pela alegria e espiritualidade, Alvinho (como era chamado por todos) sabia, desde pequeno, o caminho que queria trilhar.

A mãe, Emília Taniguti, relembra que, da infância à adolescência, ele já tinha projetos nos quais se inspiraria mais tarde. "Ele mesmo escrevia um jornalzinho sobre a escola onde ele estudava. Até que um dia falou algumas coisas sobre a direção da escola e a mãe de um coleguinha veio me procurar, dizendo que ele tinha que tomar cuidado com essas coisas de escrever em jornal."

Desde adolescente, a paixão pelo rádio já se fazia presente. "Ele e os amigos formavam grupos e saiam visitando as rádios pela cidade."

Aos 18 anos, saiu da Capital do Estado e veio para o Interior, onde cursou a faculdade de Rádio e Tevê, em Bauru. "Quando ele morou longe de mim, me mandava cartinhas para contar como estava. Tenho elas guardadas até hoje e leio para matar a saudade", emociona-se a mãe.

Álvaro foi casado com a enfermeira Rosimeire Aparecida Castelhão por dez anos. Ela lembra com carinho da forma como ele era em casa. "Ele sempre foi muito carinhoso comigo. Se um dia eu disser que brigamos ou discutimos, estarei mentindo."

Homem caseiro

Quando estava em casa, no bairro do Santana, fazia sempre questão de fazer as coisas que mais gostava: cozinhar e ver televisão. "O almoço era sempre por conta dele. Além disso, ele gravava novelas e telejornais. Toda semana assistíamos aos filmes ‘Cinema Paradiso’, ‘Tomates Verdes Fritos’ e ‘A viagem de Chihiro’."

Em 2002, Álvaro recebeu pela primeira vez a notícia do tumor cerebral, que voltou em meados de 2010. "Ele sempre teve força e nunca cansou de lutar", conta Rosimeire.

‘Um profissional exemplar ‘, relatam os amigos

Álvaro dedicava-se em tempo quase que integral ao trabalho. Dormia com um olho aberto e outro fechado. O jornalista José Carlos Magdalena, com quem trabalhou por 12 anos, conta que ele era um profissional exemplar. "Para ele, não tinha hora para trabalhar. Sempre que acontecia alguma coisa, ele era o primeiro a chegar. Além de profissional, ele era um amigo fiel."

Luís Antônio, que também trabalhou com Álvaro, conta que se sentia orgulhoso em dividir seu tempo com alguém como ele. "Ele era experiente, sempre tinha uma boa observação a fazer."

A psicóloga Adriana Nagazako lembra que conheceu o jornalista pelo trabalho dele na rádio e de um amigo em comum. A amizade floresceu e ele deixou ensinamentos que ela nunca irá esquecer. "Aprendi muito com ele, desde lições de jornalismo até as que vou levar para a vida inteira".

A jornalista Nanci Francheta possui lembranças especiais. "O Álvaro era daquele tipo de pessoa cativante, que quando você conhece, parece que já é um amigo de longa data. Ele me ajudou muito na transição da tevê para o rádio. Tudo ficou fácil com ele por perto."


fonte: Site Araraquara.com



NOTA DO BLOG: LOGO ABAIXO O VIDEO FEITO POR MIM ( ADRIANO ) COM A HOMENAGEM AO JAPONES DO RÁDIO. E EM SEGUIDA O TEXTO QUE EU ESCREVI QUANDO ELE FALECEU.


ÁLVARO TANIGUTI PARA SEMPRE





Tem um japonês no seu rádio"


"O que dizer de Álvaro Taniguti?
Não há adjetivos para isso. Me orgulho de você porque é um guerreiro, nunca desiste! Sempre esteve na ativa mesmo nas maiores dificuldades, então para mim te guardo sempre no coração como exemplo. Muito obrigado pela sua amizade Alvinho. Mesmo você com o papai do céu você ainda é meu amigo, continue olhando por mim aí de cima, pois vou começar mais uma jornada da minha vida. E com orgulho trabalharei na mesma empresa em que você ficou tantos anos.

Obrigado por ser meu amigo verdadeiro e leal, pelo seu imenso carinho comigo nesse pouco tempo de amizade que a gente teve.
As brincadeiras no msn e no orkut, eu chorava de rir com você. Amigos verdadeiros são tesouros que Deus sempre coloca em nossas vidas, você vale ouro "japonês do seu rádio".
Alvinho você é a fonte de inspiração de muitos jornalistas que vão surgir nas faculdades araraquarenses e Brasil afora, que exemplo de jornalista você foi na Rádio Morada AM/FM. Pode ter certeza que vou me inspirar muito em você quando estiver no ar, os plantões que faço em meu blog são inspirados em você, por que cresci ouvindo isso. E sentiremos falta de você japonês. Mas com certeza Deus te reservou uma rádio do tamanho do mundo para você trabalhar e soltar todo o seu talento nas ondas sonoras da AM/FM e ondas tropicais.

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