A proibição ocorreu por uma briga entre Paulo Souza e Roberto Graziano
A
briga interna do até então presidente do Conselho Deliberativo do
Guarani, Paulo Souza, e o do mandatário da empresa Magnum, Roberto
Graziano, ocasionou na proibição da Rádio Central de entrar no Estádio
Brinco de Ouro da Princesa. Em entrevista concedida a emissora, rolou
uma discussão entre as partes em pleno ar, o que acabou irritando o
presidente do Bugre, Horley Senna.
Durante a entrevista, Roberto Graziano garantiu que os R$ 44 milhões
usados no arremate do leilão do Brinco de Ouro da Princesa será usado na
quitação das dívidas trabalhistas do clube, enquanto que Paulo Roberto
afirmou que isso não seria possível, pois o leilão aconteceu na Justiça
Federal e que o ideal seria embargá-lo.
Durante e depois da entrevista, narrador e apresentado da Rádio Central,
deixou claro que a ideia da emissora era mostrar os dois lados que
envolvem o leilão e não fazer com que ocorresse uma intriga entre as
partes, porém, mesmo proibido de entrar no Brinco de Ouro, garantiu que
fará o seu trabalho normalmente como jornalista.
"A Rádio Central não vai deixar de exercer sua função jornalística na
cobertura e investigação dos casos envolvendo o Guarani. Queremos o bem
do Guarani, ver o Guarani brigando por títulos mais uma vez e sendo
respeitado em cenário nacional. Recebemos qualquer parceria de braços
abertos, mas nunca de olhos fechados", afirmou Alberto César, em carta
aberta à imprensa.
Proibir da imprensa de cobrir o clube é uma volta à ditadura pelo lado
da diretoria do Guarani, que já fez isso anteriormente. Em 2003, o
repórter Edinho Campos, do Portal Futebol Interior, foi proibido de
fazer a cobertura do Bugre por decisão do então gerente de futebol José
Ferreira Neto, hoje badalado comentarista esportivo da Rádio e TV
Bandeirantes.
Com base no que foi discutido na entrevista, a Rádio Central começou a
investigar o leilão para apurar a veracidade sobre uma possível armação
na aquisição do Brinco de Ouro da Princesa. Por enquanto, não tem nada
confirmado, mas trata-se de uma ação jornalística. O presidente Holley
Senna, porém, optou por barrar a emissora do estádio com receio de que
ocorra outra briga interna.
FONTE: SITE BIQUAD