Cerca de 80% das rádios do país possuem site próprio na internet. Dessas, 44% usam a web para interagir com o ouvinte e 41% para transmitir programação ao vivo. Os dados fazem parte da pesquisa Rádio Digital no Brasil – Mapeamento das condições técnicas das emissoras de rádio brasileiras e sua adaptabilidade ao padrão de transmissão digital sonora terrestre, coordenada pelo Laboratório de Políticas de Comunicação da Universidade de Brasília (UnB).
O estudo traz um diagnóstico inédito sobre as características técnicas, de produção e de infraestrutura física de emissoras de rádios, perfil dos profissionais e estratégias adotadas pelos radiodifusores para a digitalização. Os dados foram obtidos entre 2009 e 2011.
De acordo com a pesquisa, quase 97% das rádios usam internet e em 50% destas o acesso está disponível em todas as instalações. Quem ainda planeja criar uma página na web pretende fazê-lo nos próximos seis meses.
Atentas às transformações tecnológicas, 80% das rádios usam ao menos um software para processar e editar som. A grande maioria também possui entre um e três computadores em seu estúdio de transmissão (72,6%), na produção (84,3%) e redação jornalística (59,5%).
Por outro lado, há um forte decréscimo do uso de equipamentos analógicos: 80,7% aboliram o gravador de fita-rolo e 92% não usam mais as antigas cartucheiras.
Para o presidente da Abert, Emanuel Soares Carneiro, o estudo confirma uma nova realidade das emissoras de rádio no país. “Os números mostram acelerado investimento em tecnologia e o uso das novas ferramentas para melhorar a qualidade do trabalho no dia-a-dia do rádio”, afirma.
Perfil - Das rádios pesquisadas, 79,6% têm apenas um estúdio de transmissão, enquanto 3,77% têm três. Essa proporção é quase a mesma no que diz respeito à produção: 77,7% têm apenas um estúdio de produção e 2,3% têm três.
Quanto aos seus profissionais, 62% das emissoras possuem jornalistas com formação superior e 47% destas têm até três profissionais graduados. Na produção, 34% das rádios dispõem de até três graduados em comunicação.
O estudo mostra ainda que as emissoras equilibram suas programações entre musical (27,8%), jornalismo (27,2%) e prestação de serviços (17,6%). Somente 26% integram alguma rede por satélite e, destas, 13% são cabeças de rede.
Participaram da pesquisa 750 emissoras brasileiras (304 AM e 243 FMs comerciais,98 comunitárias, 62 FM e 11 AM educativas, 2 OCs e 3 OTs), selecionadas a partir de banco de dados do Ministério das Comunicações, da Anatel e do Anuário do Grupo de Mídia de São Paulo.
Assessoria de Comunicação da Abert
Nenhum comentário:
Postar um comentário